Em 2010 entram em cena as novas pranchas de Formula Windsurfing. Como a regra prevê, as pranchas ficam "congeladas" até o fim de 2011. A Starboard registrou 02 shapes diferentes para a temporada. Basicamente o que foi feito foi o refinamento de 3 pranchas que são as preferidas dos velejadores: 160, 161 e 162.
De 2007 a 2009 os velejadores de FW alternavam a escolha das pranchas de acordo com o estilo pessoal e as condições dos locais de competição.
Velejadores mais leves ou velejando em locais de mais vento e mar mais picado se inscreviam nas regatas com a 160 ou a 161, equanto que os mais pesados ou velejando em locais de águas mais lisas ou vento fraco optavam pela 161 ou 162.
Mundial FW 2009: 7 entre os 10 primeiros colocados com uma Starboard no pé. Em 2008 também foi assim e em 2007 foram 9 entre os 10 primeiros!
Enquanto todos esperavam a "163", a Starboard guinava para outra direção buscando ter a melhor prancha para cada grupo de velejadores. Na FW de alto nível, qualquer diferença no rendimento do equipamento vai afetar o resultado final e daí vem a especificação cada vez mais detalhada do material.
A solução de 2 pranchas era o conceito inicial da Starboard desde o início da classe Formula (155 + 175, depois 186 + 156, depois 147 + 117, depois 158 + 138) até que o fator econômico começou a forçar a indústria a adotar uma postura mais conservadora. Em 2005 a Starboard lançava a Formula 159 e engatinhava a idéia da Formula Experience com os modelos 136 e 156 e no ano seguinte a super-prancha Formula 160 e a FE 160. Em 2007 a prancha conceito Apollo foi lançada, mas, como foi concebida para usar quilha 75 e a regra da FW se manteve com o tamanho máximo em 70 cm, o projeto Apollo não teve continuidade.
Hoje, com a FE consolidada como classe ISAF e como melhor opção para a competição economicamente acessível, a FW toma novamente o rumo de classe de vanguarda, a Formula 1 do Windsurf que busca performance sem limites e, nessa ótica, entram na temporada 2010-2011 as novas Starboard LWR e HWR.
LWR: Light Weight Riders
HWR: Heavy Weight Riders
Quer andar na frente na FW? Então estão aí as ferramentas!!!
LWR e HWR: ambas na construção wood-carbon, com o deck em carbono e o fundo em madeira* A LWR lembra a 160 com as bordas da 161. A HWR lembra a 161 com a rabeta da 162.
Velejei com as duas na semana passada e aqui vão as minhas primeiras impressões:
Tanto a LWR quanto a HWR mantém aquela característica que toda prancha Starboard tem: parece que eu já tinha velejado na prancha! É plug and play, muito fácil de andar e de controlar e o resultado disso é simples: facilidade + controle = velocidade.
Eu estou com cerca de 87 kg e acho que posso ser considerado um velejador intermediário em se tratando do peso médio dos velejadores. Os pesados estão pra lá de 90 e os leves estão com menos de 80.
O test-drive foi no Gorge e a vela disponível (e mais indicada, diga-se de passagem) era uma 9.7. As duas pranchas estavam com a quilha Deboichet R20 S.
A primeira saída foi com a LWR. Como eu tenho velejado muito de FE, que é a Formula 160 com a construção Tufskin, eu subi na prancha me sentindo bem em casa. Duas coisas me chamaram a atenção de cara: a primeira foi a aceleração e a resposta da construção Wood Carbon. Isso eu já esperava, mas o que eu não esperava era uma prancha ainda mais solta que a 160.
Literalmente era eu que tava no comando o tempo todo. Ela é mais fina que a 160 e tem o centro de gravidade mais baixo, como as pranchas mais novas, então ela dá aquela sensação de voar rente à água como a 162, mas é muito fácil trabalhar a borda dela.
Formula 160 (FE) sobre a LWR: à primeira vista, similares, mas as diferenças são grandes fora e dentro d'água
Detalhes da rabeta das duas pranchas: em cima a FE 160 e embaixo a FW LWR
Olhando de perfil a evolução da prancha é mais evidente
A primeira velejada na Formula foi logo após testar a Kode 94 com uma vela Severne Gator 5.7, então tinha vento! Fiz um contravento e um popa e senti mais a vela que a prancha. Dei uma mudada na vela antes de testar a HWR e melhorou bastante.
Passei mais tempo com a HWR do que com a LWR. A condição tava tão perfeita que eu não conseguia largar o brinquedo. O vento estava um pouco mais fraco, o pessoal com as velas entre 5.5 e 6.5 começavam a dar umas boiadas, mas tava ótimo pra FW com 9.7.
Dei vários bordos com esse vento um pouco mais fraco (13-17) e contiuei um bocado quando o vento apertou.
O rio Columbia divide os estados do Oregon e Washington. O rio em Washington tava bem mais picado e fiz questão de velejar por lá pra pegar condições mais difíceis. É um velejo diferente do mar, pois as marolas batem na margem do rio e voltam. Além disso tem a correnteza do rio, que corre contra o vento e aumenta o tamanho do chop. Saí da água tranquilo e pronto pra voltar a velejar nas pranchinhas!
Pessoalmente, se eu for ter uma prancha só, essa vai ser a HWR. Ela casa melhor com o meu estilo de velejo. É uma prancha super potente, mas que também não foge do controle. Imagino a HWR aqui em Brasília com uma 12.0!!
As duas pranchas tão bem fáceis de andar na borda e, melhor ainda que isso, tá muito fácil manter a postura ideal sem atolar a rabeta da prancha e colocando velocidade o tempo todo (o já famoso "jeitim"). O protótipo da vela que eu tava testando ajudava também, pois a vela tinha muita potência pra puxar a prancha pra frente, então era o tempo todo equilibrado no trapézio e com a prancha voando embaixo do pé.
Infelizmente não teve como testar homem x homem, mas deu pra sentir que a Starboard acertou a mão nos dois shapes.
Os feedbacks que vieram da Espanha, onde as pranchas estavam também para testes, foram os melhores possíveis. O polonês Wojtek Brzozowski comentou que o Tiesda fez tudo que ele esperava na HWR, todos os detalhes que eles anotaram nos testes feitos em Pattaya foram incorporados ao produto final e, segundo Wojtek a HWR é a prancha perfeita para os velejadores pesados.
Depois vamos colher os relatos do pessoal peso-leve!
*Construção Wood Carbon:
Após exaustivos testes com pranchas wood, pranchas em carbono e duas variações diferentes da nova construção Wood Carbon em diversas condições de vento, água e com diferentes velejadores, a Starboard escolheu a construção WoodCarbon com o deck construído com uma laminação com a fibra uni-direcional de carbono no deck.
Com o fundo em madeira a Strarboard Formula continua sendo a prancha de controle mais fácil do mercado, mais confortável e, principalmente, com maior estabilidade dinâmica de shape (pranchas com fundo em carbono deformam o shape quando velejando, especialmente em frente à caixa de quilha). E com o deck de carbono, a prancha fica mais leve e com respostas mais rápidas em todas as condições de vento.
A Fibra de carbono usada pela Starboard: 50% mais leve que a fibra de carbono convencional. Construção mais rígida sem ganho de peso!
De 2007 a 2009 os velejadores de FW alternavam a escolha das pranchas de acordo com o estilo pessoal e as condições dos locais de competição.
Velejadores mais leves ou velejando em locais de mais vento e mar mais picado se inscreviam nas regatas com a 160 ou a 161, equanto que os mais pesados ou velejando em locais de águas mais lisas ou vento fraco optavam pela 161 ou 162.
Mundial FW 2009: 7 entre os 10 primeiros colocados com uma Starboard no pé. Em 2008 também foi assim e em 2007 foram 9 entre os 10 primeiros!
Enquanto todos esperavam a "163", a Starboard guinava para outra direção buscando ter a melhor prancha para cada grupo de velejadores. Na FW de alto nível, qualquer diferença no rendimento do equipamento vai afetar o resultado final e daí vem a especificação cada vez mais detalhada do material.
A solução de 2 pranchas era o conceito inicial da Starboard desde o início da classe Formula (155 + 175, depois 186 + 156, depois 147 + 117, depois 158 + 138) até que o fator econômico começou a forçar a indústria a adotar uma postura mais conservadora. Em 2005 a Starboard lançava a Formula 159 e engatinhava a idéia da Formula Experience com os modelos 136 e 156 e no ano seguinte a super-prancha Formula 160 e a FE 160. Em 2007 a prancha conceito Apollo foi lançada, mas, como foi concebida para usar quilha 75 e a regra da FW se manteve com o tamanho máximo em 70 cm, o projeto Apollo não teve continuidade.
Hoje, com a FE consolidada como classe ISAF e como melhor opção para a competição economicamente acessível, a FW toma novamente o rumo de classe de vanguarda, a Formula 1 do Windsurf que busca performance sem limites e, nessa ótica, entram na temporada 2010-2011 as novas Starboard LWR e HWR.
LWR: Light Weight Riders
HWR: Heavy Weight Riders
Quer andar na frente na FW? Então estão aí as ferramentas!!!
LWR e HWR: ambas na construção wood-carbon, com o deck em carbono e o fundo em madeira* A LWR lembra a 160 com as bordas da 161. A HWR lembra a 161 com a rabeta da 162.
Velejei com as duas na semana passada e aqui vão as minhas primeiras impressões:
Tanto a LWR quanto a HWR mantém aquela característica que toda prancha Starboard tem: parece que eu já tinha velejado na prancha! É plug and play, muito fácil de andar e de controlar e o resultado disso é simples: facilidade + controle = velocidade.
Eu estou com cerca de 87 kg e acho que posso ser considerado um velejador intermediário em se tratando do peso médio dos velejadores. Os pesados estão pra lá de 90 e os leves estão com menos de 80.
O test-drive foi no Gorge e a vela disponível (e mais indicada, diga-se de passagem) era uma 9.7. As duas pranchas estavam com a quilha Deboichet R20 S.
A primeira saída foi com a LWR. Como eu tenho velejado muito de FE, que é a Formula 160 com a construção Tufskin, eu subi na prancha me sentindo bem em casa. Duas coisas me chamaram a atenção de cara: a primeira foi a aceleração e a resposta da construção Wood Carbon. Isso eu já esperava, mas o que eu não esperava era uma prancha ainda mais solta que a 160.
Literalmente era eu que tava no comando o tempo todo. Ela é mais fina que a 160 e tem o centro de gravidade mais baixo, como as pranchas mais novas, então ela dá aquela sensação de voar rente à água como a 162, mas é muito fácil trabalhar a borda dela.
Formula 160 (FE) sobre a LWR: à primeira vista, similares, mas as diferenças são grandes fora e dentro d'água
Detalhes da rabeta das duas pranchas: em cima a FE 160 e embaixo a FW LWR
Olhando de perfil a evolução da prancha é mais evidente
A primeira velejada na Formula foi logo após testar a Kode 94 com uma vela Severne Gator 5.7, então tinha vento! Fiz um contravento e um popa e senti mais a vela que a prancha. Dei uma mudada na vela antes de testar a HWR e melhorou bastante.
Passei mais tempo com a HWR do que com a LWR. A condição tava tão perfeita que eu não conseguia largar o brinquedo. O vento estava um pouco mais fraco, o pessoal com as velas entre 5.5 e 6.5 começavam a dar umas boiadas, mas tava ótimo pra FW com 9.7.
Dei vários bordos com esse vento um pouco mais fraco (13-17) e contiuei um bocado quando o vento apertou.
O rio Columbia divide os estados do Oregon e Washington. O rio em Washington tava bem mais picado e fiz questão de velejar por lá pra pegar condições mais difíceis. É um velejo diferente do mar, pois as marolas batem na margem do rio e voltam. Além disso tem a correnteza do rio, que corre contra o vento e aumenta o tamanho do chop. Saí da água tranquilo e pronto pra voltar a velejar nas pranchinhas!
Pessoalmente, se eu for ter uma prancha só, essa vai ser a HWR. Ela casa melhor com o meu estilo de velejo. É uma prancha super potente, mas que também não foge do controle. Imagino a HWR aqui em Brasília com uma 12.0!!
As duas pranchas tão bem fáceis de andar na borda e, melhor ainda que isso, tá muito fácil manter a postura ideal sem atolar a rabeta da prancha e colocando velocidade o tempo todo (o já famoso "jeitim"). O protótipo da vela que eu tava testando ajudava também, pois a vela tinha muita potência pra puxar a prancha pra frente, então era o tempo todo equilibrado no trapézio e com a prancha voando embaixo do pé.
Infelizmente não teve como testar homem x homem, mas deu pra sentir que a Starboard acertou a mão nos dois shapes.
Os feedbacks que vieram da Espanha, onde as pranchas estavam também para testes, foram os melhores possíveis. O polonês Wojtek Brzozowski comentou que o Tiesda fez tudo que ele esperava na HWR, todos os detalhes que eles anotaram nos testes feitos em Pattaya foram incorporados ao produto final e, segundo Wojtek a HWR é a prancha perfeita para os velejadores pesados.
Depois vamos colher os relatos do pessoal peso-leve!
*Construção Wood Carbon:
Após exaustivos testes com pranchas wood, pranchas em carbono e duas variações diferentes da nova construção Wood Carbon em diversas condições de vento, água e com diferentes velejadores, a Starboard escolheu a construção WoodCarbon com o deck construído com uma laminação com a fibra uni-direcional de carbono no deck.
Com o fundo em madeira a Strarboard Formula continua sendo a prancha de controle mais fácil do mercado, mais confortável e, principalmente, com maior estabilidade dinâmica de shape (pranchas com fundo em carbono deformam o shape quando velejando, especialmente em frente à caixa de quilha). E com o deck de carbono, a prancha fica mais leve e com respostas mais rápidas em todas as condições de vento.
A Fibra de carbono usada pela Starboard: 50% mais leve que a fibra de carbono convencional. Construção mais rígida sem ganho de peso!