Sul americano de FE - Final

Vivendo e aprendendo. A viagem para chegar ate Alagoas foi dura, cheguei em Maragogi no sábado dia 30/10 as 5:00 AM, foi a conta de dormir duas horas para repor um pouco as energias para encarara o desafio de correr pela primeira vez em um equipamento de Formula Experience . Com o equipamento montado fui para água por volta das 11:00hs afim de regular e sentir a realidade das coisas. O vento não diminuía, estava sempre na casa dos 20 Knots e com algumas rajadas, estava impossível velejar com uma vela 11.0 a única qual eu possuía. As 13:00 a primeira largada das 4 acontecidas no dia. O percurso bastante técnico, Conta Vento / Poupa / Contra Vento / Poupa mais 3 bóias de través ate a CR final. Nas duas primeira provas dei o maximo de mim porem não foi o suficiente para finalizar a prova, senti muito ao fazer um esforço fora do normal para velejar com uma vela 11 naquela intensidade de vento que chegava a 25 Knots. Após as duas primeiras regatas houve um intervalo para recuperação física e cerca de uma hora depois estávamos alinhados para mais duas regatas, o vento havia diminuído cerca de 3 knots o que me facilitou um pouco, não deixando de ser um desafio conseguir tentar chegar na CR final. Nestas duas ultimas regatas consegui a proeza e no final já não tinha mais forcas nem para sair com o material d’água. Eu pessoalmente fiquei satisfeito porque sei que fui no meu limite neste dia e consegui completar estas ultimas duas provas do dia. Guardei o material e por volta das 20:00hs estávamos todos na casa do amigo e anfitrião Marcelo Lacerda
Foto Marcelo Lacerda e André Maciel
onde os competidores foram muito bem recebidos com um jantar maravilhoso, acompanhando com som ao vivo e a presenças do prefeito de Maragogi Sr. Marcos Madeira acompanhado da imprensa local. Foi uma festa e tanto. Apesar de toda animação e integração eu não tinha força e precisava dormir um pouco, afinal eu estava completando mais de 40 horas onde eu havia dormido apenas 2 e o dia seguinte seria duro. As 23:00 eu já estava no hotel foi encostar na cama e acordar no dia seguinte com o vento batendo na janela do quarto. As regatas estavam marcadas por volta das 12:00 horas e como era possível visualizar a montagem das bóias aproveitei que estava no paraíso que é Maragogi e cedinho fui com minha esposa em um passeio as Gales de Maragogi, voltamos encantados e a foto abaixo não deixa duvidas. As regatas do dia tiveram inicio as 13:00 horas e seriam mais 4 durante o dias. Na primeira largada percebi algo errado na redução da minha retranca, o cabo que facilita caçar e folgar a vela havia dado um nó cego junto ao mordedor e não havia como desfazê-los dentro d’água. Mesmo assim corri mais da metade da regata ate não agüentar fazer mais força e optei em sair da raia, e abandonar as demais provas, devido eu ter abusado, não restando forças para as demais. E vivendo e aprendendo. Fora d’água acompanhei sem piscar as 3 provas restantes do dia onde o Peruano Nicolas parecia imbatível. A equipe Peruana com certeza será um desafio futuro para o time Brasileiro, a mesma já provou em outros eventos e demonstrou nas águas Brasileiras que estão preparados, unidos e sendo bem treinados. E vejo que é hora do velejadores Brasileiro mudarem um pouco a postura quando se trata de um evento aberto a outros Países. Onde o trabalho em equipe e fundamental . Mas apesar das individualidades de fora d’água podia perceber o quanto a classe é competitiva e havia alternância de posições durante todas as regatas. Apesar do Peruano Nicolas ser o adversário a ser batido todos os demais velejadores preparados estavam andando bem próximo do Peruano. Prova disso foi no dia anterior Mateus Isac de 17 anos ter ganho uma das Regatas e Morrone no dia seguinte ter vencido um dos duelos mais emocionantes no dia para chegar em primeiro na regata. Os velejadores que vinham atrás se alternavam o tempo todo durante o campeonato e mostrando mais uma vez que a classe chegou para ficar e é a mais competitiva.
Do lado de fora assistindo próximo da comissão de terra pude acompanhar a rapidez como os resultado eram consolidados e divulgado pelo responsável pela CR Sr. Ricardo Munhoz quem com certeza é um dos mais qualificados em nosso pais para esta função.
Durante o segundo dia de regata também houve regatas de jangadas o que deu um brilho especial ao evento. Integrando assim todas as classes sociais mostrando que a vela e capaz de socializar o todos.
Fora as competições pude aprender muito dentro e fora d’água. Não gostaria de excluir ninguém mas para mim alguns velejadores mostraram simplicidade, respeito e amor pelo esporte e pelo ser humano, e seus nomes não podem ser esquecidos e são exemplos de dedicação, disciplina, família, amizade e muito respeito com o ser humano e estiveram presentes durante todo o evento. O velejador olímpico Bimba, o anfitrião do evento Marcelo Lacerda e o instrutor de Sergipe Jorge Calazanz este ultimo onde do meu quarto em frente sua barraca pude de longe ver a atenção dada por ele a todos os velejadores e pessoas que estavam ao redorr, e pelo pouco que conversamos seremos grandes amigos.
Já no ultimo dia do evento após uma noite de shows com presença do cantor Reginaldo Rossi optei em desmontar o equipamento e curtir um pouco das belezas da região e voltar em Maragogi a tempo de poder prestigiar a premiação final. Onde podia ser visto a alegria nos olhos de todos e principalmente daqueles que sabem o duro que foi para subir nos degraus mais altos do pódio. Agora e treinar... muito para a proxima.

Obs: Vou dever as fotos do velejo mas nos links abaixo tem mais sobre o evento e algumas fotos.
http://www.katanka.com.br/